Um líder é aquele que está à frente de um povo. Ele traz impactos importantes sobre a vida daqueles a quem lidera. Sendo assim, também acontece na Igreja Católica, umas das mais sólidas e antigas instituições humanas. Portanto, a liderança na Igreja Católica é necessária para guiar o povo de Deus no caminho para a santidade.

Na Igreja, a liderança nasce de Deus, toda autoridade vem Dele (cf. Rm 13,1-2) e a Ele se refere.

Contudo, exercer a liderança não se trata de deter um poder sobre o outro. Trata-se de uma orientação e serviço.

A liderança na Igreja Católica é necessária para dar a direção aos fiéis. Logo, um líder católico deve seguir o exemplo deixado por Jesus, o bom pastor, que dá a vida pelas suas ovelhas..

A liderança na Igreja Católica tem o papel de motivar, influenciar, inspirar e direcionar os filhos de Deus no caminho da santidade.

Porém, exercer o papel de liderança exige dedicação e a capacidade de superar os desafios que surgem no dia a dia. Conheça 7 dores da liderança na Igreja Católica.

1. Vaidade

Em uma de suas catequeses o Papa Francisco falou algumas palavras muito importantes a respeito da liderança exercida pelos Bispos. Contudo, essas palavras podem ser aproveitadas também por todos aqueles que exercem qualquer papel de liderança na Igreja.

Naquela ocasião, o Papa recordou que toda liderança na Igreja Católica é chamada a servir e não a ser servida. Primeiramente, na pessoa do líder “é a própria pessoa de Cristo que se torna presente e continua a cuidar da Igreja”, expressou o Papa.

O Santo Padre ressaltou ainda que a liderança não é um cargo a ser almejado por vaidade. Segundo o pontífice é preciso recordar-se de que tal ministério, “não se busca, não se pede, não se compra, mas acolhe-se em obediência, não para se elevar, mas para abaixar-se, como Jesus, que ‘se humilhou a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte’”.

2. Falta de proximidade dos liderados

Em outra ocasião, o Papa Francisco pediu aos sacerdotes: “sede pastores com o ‘cheiro das ovelhas’”. Esse pedido é sempre atual para aqueles que exercem a liderança na Igreja Católica. Afinal, sem estar próximo dos liderados é impossível identificar suas dores, suas necessidades.

O líder católico é chamado, portanto, a se configurar a Cristo, reconhecendo na dor do outro a sua própria dor. A ser, seguindo o exemplo de Jesus, este pastor que dá a vida por suas ovelhas. É preciso deixar, então, de lado o medo de estar próximo ao povo.

3. Solidão na liderança na Igreja Católica

É próprio da vida sacerdotal uma vida solitária. Contudo, esta solidão não pode se tornar um estado emocional. É na doação aos fiéis que um líder católico é acolhido. É no povo de Deus que ele tem sua família.

No entanto, é possível encarar essa solidão como uma oportunidade de amadurecimento, de crescimento interior no qual ao reconectar-se consigo mesmo, pode se ofertar melhor a Deus e aos irmãos.

Por outro lado, é saudável que os líderes da Igreja Católica criem laços de amizade saudáveis ao longo do tempo e com isso vivam a comunhão fraterna também com aqueles que são chamados a conduzir.  

4. Perseguição e intolerância religiosa

Infelizmente, a perseguição e a intolerância religiosa é algo que vem crescendo assustadoramente em nossos tempos.

Na contramão de campanhas ideológicas para acabar com o preconceito, a Igreja  vive essa realidade de perseguição e os mais atingidos são os que exercem uma liderança e estão na linha de frente das ações querigmáticas.

Todavia, é no Cristo, que deu a vida por suas ovelhas, que a liderança na Igreja Católica deve buscar manter os olhos fixos, enfrentando com coragem os desafios que comportam a missão para a qual foram chamados a exercer.  

5. Ansiedade e depressão na liderança na Igreja Católica

Essas duas condições também fazem parte da realidade de algumas lideranças dentro da Igreja Católica.

Tratar de questões administrativas, financeiras e até mesmo das dores do povo pode abater os líderes católicos devido a enorme responsabilidade que lhes é confiada.

Há uma grande pressão interna e externa para que este líder garanta o bem estar espiritual do rebanho que lhe foi confiado.

Contudo, este não deve se esquecer de que suas necessidades pessoais e psicológicas não podem ser negligenciadas. É preciso buscar ser tratado e curado para assim, dar continuidade com as atividades ministeriais. 

6. Necessidades financeiras básicas

Muitas paróquias vivem uma realidade de pobreza. E uma das dificuldades da liderança na Igreja Católica é saber como atender as necessidades de sua comunidade, uma vez que conta-se com baixos recursos financeiros.

Muitas vezes, nem mesmo as necessidades básicas da igreja são resolvidas. Porém o líder não deve ser aquele que se deixa abater pelas circunstâncias e sim aquele que é criativo e está sempre em busca de novas soluções para os desafios do dia a dia.

7.  Centralização de funções na liderança na Igreja Católica

É também comum, em muitas paróquias, que a liderança católica acumule inúmeras funções. O que gera uma sobrecarga sobre o líder.

É preciso saber delegar funções para alcançar melhores desempenho. Ao distribuir tarefas, o líder tem a oportunidade de ter uma melhor visão geral sobre aquilo que precisa ser feito, podendo assim, dar mais atenção e suporte para necessidades que dependem exclusivamente dele.